A diretoria da Associação Comunitária O Pequeno Davi e a coordenação do Abrigo Institucional vem ao público esclarecer a real situação do Pequeno Davi.

A associação foi fundada em 26 de setembro de 1993 pelas irmãs da Divina Providência na pessoa da Irmã Maria Luiza de Andrade, com o objetivo de atender as crianças com desnutrição grave e portadores de anemia falciforme, na faixa etária de 0 a 6 anos. Assim, funcionou até o ano de 2011, atendendo como centro de recuperação sobre a coordenação da Irmã Maria Luiza. As cuidadoras eram cedidas pelas prefeituras e a manutenção da casa era feita através de doações, sendo que todo o trabalho era realizado dentro da abrangência da diocese de Januária.

Em 2011, com o reordenamento dos Serviços de Acolhimento Institucional para crianças e adolescentes, após visita técnica do Ministério Público Regional foram instituídas novas orientações. O Pequeno Davi deixa, então, de funcionar como centro de recuperação de crianças desnutridas e portadores de anemia falciforme passando a funcionar como Abrigo Institucional, ofertando o serviço de acolhimento provisório e excepcional para crianças de 0 a 12 anos incompletos, afastados do convívio familiar, em função de abandono, maus tratos, previstos no art. 90, inciso VII do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Para tanto, a instituição exerce suas funções pautadas nas observâncias das vigências judiciárias sob a supervisão do Ministério Público – Vara da Infância e Juventude.
Após a visita citada, ficou determinada a realização de adequações tanto na estrutura física quanto nos recursos humanos, sendo criada uma equipe técnica composta por 01 psicólogo, 01 assistente social, 01 pedagogo, 02 cozinheiras, 01 motorista, 01 porteiro, 01 coordenador e 19 cuidadores. Para cumprimento das novas exigências, foi celebrado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público e as prefeituras que estão na abrangência da comarca: Januária, Bonito de Minas, Cônego Marinho, Itacarambi e Pedras de Maria da Cruz. Este TAC foi realizado para pagar os salários e encargos sociais dos funcionários, dividindo proporcionalmente entre os mesmos.

Entretanto, devido às dificuldades vividas pelas prefeituras, as mesmas deixaram de efetuar por vários meses os repasses mensais consideráveis, deixando a Associação em situação desesperadora, inviabilizando o funcionamento do abrigo.

Diante dessa situação e com muita responsabilidade, após várias audiência com o Ministério Público, a Associação decidiu encerrar suas atividades como serviço de acolhimento institucional (abrigo para crianças) em trinta e um de dezembro de dois mil e dezoito. No entanto, os serviços sociais continuarão a ser desenvolvidos em novo endereço situado na Rua Professor Aurélio Caciquinho, n° 570 (ao lado do SERVIR).

A partir de primeiro de janeiro de dois mil e dezenove, as crianças continuarão sendo cuidadas sob a responsabilidade do seu município de origem.

Sendo assim, em nome dessa pequena multidão de beneficiados, sem nome e voz, que lhe agradecemos a contribuição generosa que nos confiou com seus gestos solidários durante estes anos, e que nos permitiu levar a tantas pessoas humildes um pouco de esperança, conforto e dignidade.

Observação: Atualmente estamos com todas as certidões atualizadas, sem débitos com fornecedores, aguardando recebimentos com as prefeituras para efetuar acertos trabalhistas.

“Aquele que tem caridade no coração sempre tem algo para doar!” (Santo Agostinho)

O nosso trabalho social não vai parar! Irmã Maria Luiza e Diretoria